Sentimentos: Abrace-os ou negue-os!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Segundo Wikcionário, sentimento é: "uma emoção; uma percepção ou atitude emocional".
O que você pensa a respeito deles? 
Não estou falando da opinião que você expressa em um meio com o objetivo de obter a aprovação da maioria. Me refiro à sua verdadeira opinião, aquela que independe da aprovação e julgamento de terceiros.
Muitos ainda podem dizer que não tem nada contra a expressão de sentimentos, mas quantos olhares de julgamento recebe alguém que deixa correr uma lágrima?! Coloque esse julgamento ao quadrado se a pessoa em questão a deixar rolar a lágrima for um homem.
Lógico que ninguém gosta de ser julgado de tal forma, por isso muitos tomam como caminho esconder e negar seus sentimentos. Será essa a única solução para esse problema? Inaceitável!
Qual a sua atitude em relação a isso? Abraça ou nega seus sentimentos? Já se pegou julgando quem os abraça? Quando foi a última vez que derramou uma lágrima sem medo do que iriam pensar? Quando foi a última vez que disse "Eu Te Amo" sem medo de ser considerado clichê ou careta? Quando foi a última vez que abraçou seus sentimentos sem medo de ser feliz?

A Estrada

quarta-feira, 27 de abril de 2011

"Sem sofrimento não há mudança"

Ele só conseguia viver de uma forma: à base se rotina. Todo dia era o mesmo processo, acordava na mesma hora, se arrumava seguindo o mesmo esquema, trabalhava no mesmo ritmo, até nos seus momentos de lazer ele nunca fazia nada diferente de seu leque de opções.
Tudo isso se devia ao fato de ele odiar mudanças. O estressava ver as coisas fora da ordem de sempre, uma freqüente seqüência mudada, coisas que são de um jeito e então já não são mais. Ele simplesmente não gostava de sacrificar seus hábitos, costumes e visões por causa de mudanças. E sua vida continuava na mais pura e completa mesmice.
Em certa noite, noite que foi convencido por amigos a fazer um programa diferente, ele teve um sonho.Ele se viu em uma estrada, por ele passava aos poucos seus conhecidos. A cada passo que seus conhecidos e amigos davam, podia ser visto suas derrotas e vitórias e continuavam em frente, um passo após o outro. Ele por sua vez tentou andar na mesma direção que seus amigos mas não conseguiu, então se viu preso por cordas. Ao prestar atenção onde elas levavam, viu que estava preso a horários, regras, seqüências, tudo que regia e fazia parte de sua rotina. Olhou novamente pra frente e viu seus amigos cada vez mais distantes, se debateu tentando soltar as cordas e caiu no chão. Lá, estendido no meio daquela estrada, viu acima de si uma placa: "Sem sofrimento não há mudança".
Acordou com a forma de pensar renovada. Reconheceu que precisava fazer sacrifícios para que ocorressem as mudanças e sua vida pudesse também seguir em frente.

Razão Para Falar

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ela não era muito boa com as palavras, conversa não era seu forte. Toda aquela coisa de sempre um ter que puxar um assunto diferente totalmente aleatório para não deixar a conversa morrer e quando falta assunto falar do tempo, tudo isso era muito chato e desnecessário pra ela.
Por esse motivo ela preferia se manter reservada, falando apenas o necessário, evitando conversas desnecessárias. Na maior parte do tempo falava com ela mesma.
Tudo isso mudou no dia que ela conheceu Hélio, encontrou os textos que ele publicava na internet e gostou de seu jeito de pensar. Depois de considerar a questão por um tempo, resolveu entrar em contato com ele pensando que poderia ser interessante conhecê-lo.
Ela só não tinha imaginado que suas expectativas iam ser superadas. Logo Hélio mostrou ter mais coisa em comum com ela do que se podia imaginar. Porém o que mais chamava atenção dela era a conversa entre eles, bastava apenas um "oi" para que uma enxurrada de palavras surgisse de forma natural, isso continuava a acontecer por várias horas seguidas.
Finalmente ela tinha encontrado uma razão para falar.

P.S.1.: Eu sei que o texto não está bom. Acredite, a idéia era até interessante mas na hora de colocar no papel no meio de toda a "agitação" do feriado foi essa derrota.
P.S.2.: Aproveitando que falei em feriado, queria deixar aqui um "muito obrigado" para o Eduardo Montanari e ao Raphael por todas as excelentes conversas desse feriado, são duas excelentes pessoas que pretendo continuar conhcendo e criando uma sólida amizade a cada dia.

Barreira das Lágrimas

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Será que eu já posso desabar agora? Me despir de toda essa imagem forte que construí e sem medo deixar rolar em meu rosto uma lágrima. E por que não um monte delas?
Me pergunto se eu simplesmente deixasse transparecer a tristeza dentro de mim, deixasse transparecer meu cansaço, se nesse momento ainda teria alguém disposto a aparecer do meu lado, me dar a mão e me ajudar a levantar.
Penso também nas responsabilidades que me foram impostas, resultado da imagem que criei. As pessoas simplesmente pensaram que se eu não falo de meus problemas é sinal de que eu não os tenho ou que não são tão relevantes. Por isso, foram buscando apoio em mim e dividindo comigo seus problemas. Que tipo de pessoa eu seria se simplesmente desconsiderasse tal fato?
Eu, eu mesmo, pessoas, imagem, responsabilidade, amizades. Sei que nenhum desses motivos é suficiente, mas juntos, em mim, formam uma barreira que impedem minhas lágrimas de cair.
Ah! Mas como que queria no mínimo poder derramar uma lágrima.

P.S.1.: Se você gosta de conhecer pessoas interessantes e com coisas relevantes a se dizer, passa no blog de minha amiga: Larissa Nayane
P.S.2.: Recado pra meus pais ou amigos achegados(caso leiam esse texto), não se preocupem ou desesperem é só um texto, nada mais!

As Pedras do Silêncio

sábado, 16 de abril de 2011

Desde jovem ela foi tímida, conhecia pouca gente, por isso zelava pelas amizades que conseguia formar.
Seu problema era suas tentativas desesperadas de manter seus poucos amigos aceitando e concordando com tudo, sem voz para dizer o que realmente sentia, queria e pensava.
A cada ato de auto-anulação, ela sentia como se pegasse uma pedra na carga de outra pessoa e guardasse em sua própria. A princípio isso não pareceu ser um grande problema, mas com o tempo ela começou a sentir-se pesada, cansada, cheia, até que no meio do caminho simplesmente parou.
Sentou-se ao lado do monte de pedras que, sem querer, ela juntou por um tempo e viu que a única pessoa que tinha culpa por todo peso que levava era ela mesma.
Decidida a mudar, na oportunidade seguinte falou o que realmente pensava sobre o o assunto em questão e então se sentiu como sendo sua vez de partilhar suas pedras com outros. Sentiu-se mais leve e gostou.
Um tempo depois seu saco de pedras ainda não estava vazio pois suas amizades eram importantes, sendo assim era necessário carregar algumas pedras pelo bem da amizade. Mas ela aprendeu a ter voz. Sua carga não estava mais tão cheia quanto antes pois ela aprendeu a dividir suas pedras.
Passou a confiar mais nela mesma. Deixou por fim de ser a garota tímida e passou a ser por inteira quem ela era no íntimo.

Feios

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Estou lendo o livro "Feios" de Scott Westerfeld. A história do livro se passa alguns anos após os que vivemos. Nesse futuro, até 16 anos as pessoas são consideradas como feias e ficam em alojamentos ao redor de "Nova Perfeição", quando completam 16 anos, as pessoas ganham uma cirurgia do governo que as deixa perfeitas fisicamente e no decorrer da vida elas ganha mais duas cirurgias pra se tornarem um perfeito adulto e um perfeito idoso.
O livro acompanha a história de Tally, uma menina que perto de completar seus 16 anos e enfim fazer a cirugia pra ir para "Nova Perfeição", conhece Shay, uma outra menina também perto de completar seus 16 anos porém não quer se tornar perfeita. Dias antes das duas completarem 16 anos, Shay foge para um grupo que também é contra a idéia da cirurgia, conhecido como "Fumaça". A "Circunstâncias Especiais" (orgão do governo que tem como objetivo manter a ordem em Nova Pefeição) impede Tally de fazer a cirurgia enquanto ela não os ajudasse a descobrir onde ficava a localização da Fumaça.
Quando encontra a fumaça, Tally começa a descobrir um pouco de como os enferrujados(termo que eles se referem às pessoas de nossa época) viviam.
Ai começa o que está meio que mexendo comigo, as comparações que são feitas dos conceitos daquela realidade "perfeita", com a nossa realidade. Pra começar, as pessoas ganham a cirurgia pois dizem que os enferrujado(nós) agiam com favoritismo para com as pessoas que eram mais bonitas que o normal, então todos tendo uma aparência perfeita não iriam correr o risco de serem injustiçados por serem "feios". Até ae tudo tudo certo, porque realmente em muitos casos pessoas com um pouco mais de beleza recebem um pouco mais de prioridade e atenção.
Tally , já na fumaça, estranha o uso que eles fazem da madeira, dos animais, o sistema de comércio, as máquinas... porém o que mais tem surpreendido Tally é o fato daquelas pessoas preferirem continuar feias ao invés de fazer a cirurgia e se livrar de rugas e marcas da idade. Uma das passagens que mais me deixou pensando foi quando na Fumaça, Shay mostrou uma revista dos nossos tempos pra Tally, lá elas viram uma foto de uma modelo que tinha o rosto quase perfeito, então Shay disse pra Tally: "Ela seria uma perfeita profissional. Quando todo mundo é feio, acho que ser belo vira uma espécie de trabalho."
Tally começa a perceber como as pessoas conseguem viver na fumaça e como elas construíram suas vidas por lá e agora está no dilema se irá entregar a localização da Fumaça, pra se tornar "perfeita" mas em compensação irá trair sua amiga e destruir a vida daquelas pessoas, ou não.
Eu estou numa situação parecida com a de Tally, embora saiba que a realidade do mundo que Tally vive é impossível... não consigo chegar a uma conclusão do que eu iria preferir: uma sociedade igualitária, bonita e "perfeita", porém sem muita opnião própria, acreditando apenas no que o governo nos diz, ou uma sociedade parcial, injusta, que embora diga que não... preza padrões elevados de beleza acima de muita coisa mais importante, porém onde eu tivesse liberdade de expressão e liberdade pra acreditar e seguir o rumo que eu quisesse.
 
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