"Blanca, pelo menos, tem algo em comum comigo:
também é uma triste com vocação de alegre" -
A Trégua - Mario Benedetti
Algumas coisas marcam a gente mais do que se imagina, nem sempre porque o que marcou é algo genial mas sim porque nos faz lembrar algo grande em nossas vidas. Mais especial ainda é quando somos marcados já por algo muito bom. É o caso do livro A Trégua de Mario Benedetti.
Esse é um livro que li ha no mínimo 4 anos porém não me lembrava de nada do livro, só me lembrava que havia gostado muito da primeira vez que o li. No último sábado resolvi pegar o livro para ler novamente. Só ao ver a capa já fui dominado por uma sensação de saudade. Mas nada comparado ao momento em que comecei a ler as primeiras páginas! Nessa hora minha mente foi invadida por uma avalanche de lembranças, momentos e sentimentos.
Lembranças de uma época, numa antiga e subestimada biblioteca de uma antiga escola que para o meio em que eu andava era o mundo inteiro em um único lugar. Pessoas e amizades que nunca serão esquecidas. Histórias vividas que jamais acontecerão novamente.
Por se tratar de uma época e de um Levi diferente, o impacto e a identificação com a história contada no livro também é diferente do que da primeira vez que o li, mas que conseguem causar em mim as mesmas sensações causadas da primeira vez.
Nem eu mesmo imaginava que esse livro, que eu mal lembrava do conteúdo, teria esse forte impacto em mim. E é a partir desse inesperado que sou pego despreparado pela saudade do que só me resta a lembrança.